Situada em plena região bairradina, a Tomé e Filhos, Lda é uma empresa que se dedica à transformação de madeiras, na sua maioria pinho. Na sua carteira de clientes encontram-se pequenas e grandes empresas nacionais e estrangeiras que depositam na empresa a sua confiança para o fabrico da matéria prima necessária para a construção de paletes, contraplacados de madeira, caixas de fruta, entre outras utilizações.
Fundada em 1980 por António Tomé e sua esposa, no início a empresa dedicava-se a criar tábuas de madeira para revestimento exterior de casas de países do Norte da Europa. O trabalho era maioritariamente manual auxiliado por uma das primeiras serras de fita adquiridas pela empresa.
Após 5 anos de existência, a empresa instalou-se no local onde ainda hoje existe. Das tábuas de revestimentos passou-se para as tábuas de caixas de fruta, também para o mercado de exportação. Montou-se a primeira linha semiautomática de serragem de madeira e a segunda geração começou a ter um papel mais ativo dentro da empresa.
Em 1999, 19 anos após a sua fundação, a empresa torna-se uma sociedade e adquire o nome atual, Tomé e Filhos, Lda, onde os dois filhos do fundador, Álvaro e Pedro Tomé, tomam as rédeas e começam a conduzir o futuro da empresa.
Após mais de 30 anos a produzirem tábuas para caixas e com o surgimento do nemátodo do pinheiro, a empresa deixa de secar a sua madeira em pilhas ao ar livre e começa a usar secador de madeira para controlar a praga. As tábuas para as caixas começam a perder a preponderância e experimenta-se com a criação de kits de madeira cortada para paletes.
Em 2018 a fábrica é toda modernizada e criam-se linhas dedicadas à criação de tábuas e barrotes para paletes que ainda hoje são a maioria da produção.
Em 2019 a terceira geração mete mãos à obra e começa a aprender a arte da madeira.
Atualmente a Tomé e Filhos atua maioritariamente no mercado nacional e toda a sua produção é focada no não desperdício de qualquer parte da matéria prima. Assim, não só as tábuas são valorizadas, mas também o é a serradura, as sobras dos cortes, a carrasca dos pinheiros e todas a lenha sobrante que não é conforme as normas de transformação. Todos estes produtos são valorizados em estilha para aquecimento, uso na indústria dos contraplacados ou para fabrico de substratos agrícolas.